Pensamentos... Nada mais que pensamentos!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vai buscar...

Voa, voa pensamento, vai buscar quem mora perto
Mas se perde na correria de um dia incerto
Voa longe pensamento, mas volta aqui sempre que der
Volta e me dá noticias, para que meu coração se arrume pro dia em que ele vier
Vai então e leva contigo um pouco da minha saudade
Leva pra ele os meus desejos e a minha felicidade
Felicidade sim, por saber que sua vida se entrelaçou a minha
Felicidade que eu nunca esperei, mas sempre soube que vinha
Anda logo pensamento não me aperte o coração tua ausência me angustia
Tua presença me inebria
Volta logo pensamento e traz contigo o meu amor
Faz de mim uma mulher feliz, uma mulher cheia de amor

Débora Paula

terça-feira, 11 de setembro de 2012


Começo a escrever e um turbilhão de coisas vem a minha mente. E agora o que escrevo? Política, amor, escuro, vaidade, eternidades da semana, saudades...
Me perco e já não sei se estou no presente ou no passado. No futuro talvez?! Quem sabe escrever seja isso: passear na corda bamba do tempo, ir a frente e voltar atrás sem nem mesmo sair da hora em que se escreve.
Quando penso em liberdade me vem logo a falta dela e penso num passado que não vivi, nos tempos em que palavras eram armas, bomba, instrumento que amedrontavam os que liam e matavam os que escreviam. Se penso em luz me remeto ao futuro de uma humanidade que vê na luz o seu maior algoz.
E o presente onde ficou? Sinceramente, nem sei mais se ele existe, a eterna mudança de Heráclito se perpetua em cada segundo que vivemos, não há presente sem festa, balão, bolo e refrigerante.
Que é a vida se não uma festa cheia de convidados, alguns impertinentes e mal educados, outros sem graça e alguns cheios de graça? O que é escrever se não fotografar em palavras cada um desses momentos passados que só veremos no futuro, mas que tememos não receber como presente?


Débora Paula

Brincar Carnaval


Já pensou se nunca tivéssemos vivido tudo o que vivemos? 
Será que a gente se encontraria em uma dessas esquinas tortas pelas quais passamos todos os dias? Conjecturar não importa mais, já nos encontramos, há motivo melhor do que esse? 
Ops! Outra pergunta; bem fazer o que, é difícil quando se tem um espírito mobiliado de dúvidas e uma personalidade que se constrói com a curiosidade. Mas, estranho seria se eu não me apaixonasse por você; esses olhos claros que parecem ter um tradutor instantâneo de olhares tímidos; ou essa voz que canta sorrisos e encanta corações, cabeças e almas; ou ainda essa inteligência afrodisíaca que conquista com adjetivos, substantivos acanhados; pois bem, pararei por aqui, mais elogios despertarão a curiosidade incauta dos que ainda não passaram por tão colorida experiência. 
Assim, ao brincar de túnel do tempo, dou um pulinho no passado antes de correr em direção ao futuro, porque se no presente tenho sua presença em meus sonhos, é porque nesses dois momentos você esteve. Como eu sei? Isso é fácil, a resposta é coração; ele não conhece essa convenção idiota chamada ontem, hoje, amanhã e depois. Sempre existimos para ele, o par sempre composto de “dêz” e jotas. Em outros momentos, em outras vibrações, batemos juntos procurando um pelo outro, o erro foi nosso, não dele, seu ritmo segue sempre o mesmo gingado, mas nós é que insistimos em trocar samba por rap. Já parou pra ouvir? Mais parece uma bateria de escola de samba; e quando estamos separados? Ai o carnaval chegou mais cedo. Só que tem um problema: perdi as chaves; topa brincar carnaval por toda a vida?


- Débora Paula -

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Arco Íris

Faltava uma cor naquele mundo já tão colorido 
E pra ela isso não fazia o menor sentindo: 
Como menos uma cor tiraria o sentido de uma vida cheia de amor? 
Procurou em meio a tantas outras cores 
Cores apagadas, sem vida, sem amor, sem cor 
Procurou em cores falsas que se fantasiavam de alegres 
Mas que na primeira tempestade perdiam a vida, o encanto, a cor 
Chegou até a pensar que havia de encontrar a cor que lhe faltava 
Na solidão que se aproximava 
E mais uma vez percebeu que se enganava 
Onde estaria então a cor que a ela se destinava? 
Era ele, era o dele, então chegou ele e trouxe consigo a cor, o amor 
E se tornou a razão do sorriso ficar mais lindo, cada dia mais. 
E como se soubessem que uma cor completava a outra 
Como se tivessem esperado uma vida inteira
Passaram a colorir.




Ao meu amor Jeff Privino.


- Débora Paula -