Feliz Ano Novo, velho????

Fim de ano!

Um recomeço, a tão esperada chance de tentar tudo outra vez: os votos, os sonhos, os pedidos, as promessas, os planos...

Fica sempre a sensação de um novo começo, entretanto, parece o mesmo começo escondido pelo manto da esperança de dias melhores. Será o eterno devir? A metáfora da cobra mordendo o próprio rabo? Sim, talvez o seja!

Esperança, do verbo esperar, acreditar, crer...
Que os sonhos se realizarão, que as promessas serão compridas, que os planos se concretizarão. Mas porque esperar um "novo ano" chegar se podemos mudar tudo a qualquer momento com um simples não ou um entusiasmado sim, com um primeiro passo corajoso ou com uma cautelosa marcha ré?

Ano novo, vida nova!
Não, nem sempre, muitas vezes é a mesma vida. A vida muda quando nós mudamos; o "ano novo" é sempre um presente de Natal que ganhamos para aprendermos mais, para crescermos mais; só não precisamos esperar que o próximo presente chegue para percebermos isso.

Bem vindo 2011!!!

Compaixão: do latim, compassìo (ónis); sofrimento comum, comunidade de sentimentos; sentimento piedoso de simpatia para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor.

Sentimento que brota em nós, como uma flor no meio das pedras ele nasce e vai crescendo e crescendo... Mas como toda criação de Deus, possui um "prazo de validade", como tudo o que existe nesse mundo ele se transforma, ele se esvai quando não recebe o valor necessário.
Como sentir compaixão por alguém que não valoriza todos os esforços que foram feitos para salvá-lo; como sentir compaixão por alguém que você ver cair de um precipício, quando você o segurou pela mão quando ele estava escorregando, mas ele próprio soltou sua mão e se deixou cair, quando ele diz pra você que não precisa mais de ninguém, que não quer sua ajuda, quando ele diz pra você não se meter na vida dele?????
Como não "ficar de saco cheio", quando você ajuda uma, duas, três, quatro vezes e a pessoa volta para mesmo erro, agindo como se você não tivesse dado o sangue pra vê-la melhor???? É na dor que nos tornamos mais humanos, mas existem dores das quais um dia nós nos cansamos, existem dores que depois de um tempo percebemos que não valem mais a pena serem sentidas... E o que fica disso tudo??? Fica a raiva, a tristeza de ver quem você ama permanecer na dor e você não poder fazer nada, pois foi uma escolha dela, unicamente dela...

- Débora Paula -

A culpa é de quem?

Mas a culpa é de quem?
Se uma criança sem infância te aborda na rua
E te pede uma grana...
A culpa é de quem?
Se uma garota que não soube o que é adolescência
Diz ao cara que faz tudo por 20 reais...
A culpa é de quem?
Se um cara drogado leva o teu dinheiro, o teu celular...
A culpa é de quem?
Se não há oportunidades, se ainda há preconceito, se não há conscientização
A culpa é de quem?
E se a culpa não for só deles?
É claro que se trata de uma escolha deles...
É claro que haviam outras possibilidades...
Ainda assim, a culpa é só deles?
Somos culpados também?
Mas, afinal, a culpa é de quem?

-Débora Paula-

Ele&Ela

Ele a vê
Ela não o enxerga
Ele pensa: "Que sorriso lindo ela tem!"
Ela imagina: "Ele parece ser legal."
Ele sonha com seu sorriso
Ela nem nota sua presença
Ele se alegra com sua presença
Ela se perde em seus próprios pensamentos
Eles conversam
Ele constata: "Mesmo sem saber, foi ela quem eu pedi!"
Ela pensa: "Ele é muito legal, gostei dele!"
Eles continuam conversando
Ele vai aos poucos se apaixonando
Ela sem perceber se encanta
Mas Ela tem namorado
Ele vai conquistando-a
Ela vai se deixando conquistar
Mas o namoro já não vai bem
Ele se mostra amigo, mas lhe prende com um olhar
Ela fica confusa
O namoro acaba
Eles se beijam
Ele só vai tendo mais certeza do que sente
Ela se afunda no mar da incerteza
Sempre que Ela se afasta Ele a puxa de volta, bem mais perto
Ele a quer do seu lado
Ela não sabe o que quer
Ele a ama
Ela não tem tanta certeza assim
Mas Ela se entrega, se permite, talvez seja só medo, talvez não
Ele vela esse amor
Ela vive entre o medo de perdê-lo e o de magoá-lo
Ele a inunda de carinho e atenção
Ela o ama com tudo o que pode
Ele a vê em seu futuro
Ela não quer planos
Ele se enche de certezas
Ela se afoga em dúvidas
Tudo o que Ele quer é felicidade
Tudo o que Ela quer é abrir seu coração
Ele vê que a ama
Ela não enxerga que está apaixonada

- Débora Paula -

Buscar a verdade!!! Ou não??

A verdade está em mim ou no outro?
Onde está a verdade?
O que é a verdade?
E se nada for verdadeiro?
E se a verdade for um conceito metafísico?
"A verdade está em Deus!", me diz o cristianismo;
"A verdade está no universal!", afirma a Filosofia;
"A verdade não existe!", constata o ateu;
Onde está a verdade?
O que aconteceria se nada fosse verdadeiro?
A verdade é una ou múltipla?
A verdade é referente a um tempo cronológico ou está fora do espaço e do tempo?
Que consequências traria a nós o alcance da verdade?
Onde está a verdade?
A verdade é relativa e, portanto, subjetiva?
"A verdade está na ciência!", ataca o cientista;
"A verdade está na meditação!", contrataca o budismo;
O que buscamos quando iniciamos nossa busca pela verdade?
Buscamos a verdade em si mesma?
Ou buscamos a verdade que nos convêm?

- Débora Paula -

"O sentir nosso de cada instante"

Momentos, braços e abraços;
Chegada, saída, encontros e desencontros;
Feitiços, encantos, carinhos, carícias;
A verdade gritada no silêncio de um olhar,
Quando a dor se silencia nos lábios fechados;
Felicidade cantada, recitada, sentida;
Desejo que floresce, que pede para ser saciado,
Que pede para não ser esquecido;
Sentimentos confusos, mas fortemente sentidos;
Sentimentos que despertam, mas que também adormecem;
Sentimentos puros, ricos, engrandecedores;
Sentimentos que dizem: "arrisquem-se", "permitam-se", "amem-se".

- Débora Paula -

Primeiros pensamentos

Nós somos ou não?
Aquilo que falamos, pensamos e fazemos?
Nós somos ou estamos?
Nós podemos mudar?
Ou estamos mudando?
O que somos?
Como somos?
Pra quê somos?
Por que somos?
Ser... não é estar! Ou é?

Nós estamos dentro da nossa própria individualidade...
Mas penso se será mesmo importante saber o que somos?
Ou por que somos?
Se estamos sempre mundando, então não importa muito o que eu sou, já que o que eu fui ontem se mostra um pouco diferente do que sou hoje!!!

Ravena Olinda & Débora Paula